quarta-feira, 27 de abril de 2011

Queria ter te dito que te amava todas as vezes que eu fiquei quieta pra você não achar - ou ter certeza - que eu era louca por você. Sinto muita falta do seu cheiro, do seu abraço, e de como eu me sentia segura só de olhar pra você e ver que você olhava de volta.
Queria você aqui, estudando comigo, se formando comigo, fazendo tudo o que a gente planejava quando finalmente fôssemos ricos.
A cada dia que passa me sinto mais sem rumo. Me disseram que com os anos vai diminuir, mas eu sei que não. Aliás, não quero que os anos passem.Não pra mim. Te amo demais, te quero do meu lado logo!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

“Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como ele. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de perde-lo. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria.”
“Apenas já não somos mais crianças e desaprendemos a cantar. As cartas continuam queimando. Eu tentei pensar em Deus. Mas Deus morreu faz muito tempo. Talvez se tenha ido junto com o sol, com o calor. Pensei que talvez o sol, o calor e Deus pudessem voltar de repente, no momento exato em que a última chama se desfizer e alguém esboçar o primeiro gesto. Mas eles não voltarão. Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem mais."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Hoje, por alguns segundinhos, de repente, senti uma felicidade incomum. Depois de tanto tempo, nem lembrava mais como era. E então senti que posso continuar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

“O gosto de lágrimas chegava nas madrugadas, quando conseguia me arrastar da sala para o quarto e me jogava na cama grande, sem Ana, cujos lençóis não troquei durante muito tempo porque ainda guardavam o cheiro dela, e então me batia e gemia arranhando as paredes com as unhas, abraçava os travesseiros como se fossem o corpo dela, e chorava e chorava e chorava até dormir sonos de pedra sem sonhos.”

segunda-feira, 11 de abril de 2011

 "Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas as tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."

terça-feira, 5 de abril de 2011

Eu me lembro de você me dizendo que eu era boa demais por ajudar todo mundo, mesmo se eu não gostar da pessoa. E, na verdade, é isso me da um pouco de força, porque eu sei que fiz tudo o que eu pude (e minha mãe também) pra que você continuasse comigo, apesar de isso não estar ao nosso ao alcance. Eu nunca me importei de me doar pelo outros, mas às vezes algumas pessoas exigem demais de mim. Talvez eu mesma me pressione demais.
Alguns dias são muito difíceis para eu querer continuar e eu acho que ninguém consegue entender isso. Eu sei que vou ficar aqui no escuro com meu buraco latejando, mas dessa vez não tem você para fazer parar de doer.