quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

There's a gold frame
That sits by the window
And my heart breaks
A little more each time I try
To picture the memory inside

There's an old book
It's too hard to read it
But if you look
You'd see how you look through my eyes
 
But now one more chapter's gone by, and I know...

It's time to move on
Even though I'm not ready
I've got to be strong
And trust where you're heading
Even though it's not easy
Right now the right kind of love
Is a love that let's go

There's an old dance
That we've done forever
You give me your hand
But let me decide when to reach
You always let me be me

But now's my time to take chances
And find my own wings
And whatever happens
I know you'll be there waiting for me
 
Doesn't wanna miss the future
By staying in the past
It will always hold on
But never hold you back
And even though it's not easy
Right now the right kind of love
Is a love that let's go

It's time that I love you...
With a love that let's go
 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Segredos

"Garota, sabe, tenho uma saudade do cheiro da sua pele, tanta, que às vezes me dá uma vontade ridícula de chorar. Não só pelas vezes que minha memória olfática retroativa seu perfume de talco e amêndoas. Mas porque me vem uma certeza que eu ainda tinha mais pra amar, muita coisa pra admirar, outros pontos epidérmicos pra jamais esquecer. Você tinha alguma coisa, um segredo, uma receita que as outras não têm, não sei.

Eu queria ressuscitar o ontem e acordar no meio de um daqueles nossos erros. Eu não te negaria nenhum beijo, nenhuma conversa de pé na cozinha, nenhuma oportunidade de mudar esse meu mundo sujo que se revela a cada noite fria e solitária, nenhuma chance de desvendar essa sua alguma coisa."

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sete de Abril de 2008

O grafite cria floreios não intencionais na folha de rascunho. Os desenhos desconexos expõem minha insegurança de, como sempre, não conseguir ser perfeita. Neste ano tão estressante e atípico as incompreensões de ambos os lados pesam muito mais na hora de escrever e as lembranças de palavras ditas impedem uma comunicação mais objetiva, clara e sentimental.

As linhas que me restam parecem infinitas quando me deparo com minha impossibilidade de descrever como queria que tudo fosse. Então eu me recordo dos seus olhos cor de mel, tão bonitos, que ardem ao fim do dia implorando por carinho e reconhecimento - e as linhas parecem insuficientes para tudo o que deve ser demonstrado.

Repito suas experiências como se fossem minhas e não consigo seguir seus conselhos, absorver apenas o seu melhor. É humanamente impossível não me espelhar nos seus exemplos diários e me tornar cada vez mais parecida com você

Os ponteiros do relógio correm mais depressa agora, assim como quando estamos juntas. O tempo vai ser insuficiente para deixar registrado no papel meus sentimentos e anseios e é exatamente o que eu temo. Não quero que as imagens do bater de portas e dos gritos prevaleçam sobre todo o restante. Preciso continuar percebendo o seu erguer de sobrancelhas e os movimentos circulares do seu dedo sobre o volante do carro; anseio aprender com você como exercer com magnitude a função de mãe e amiga.
Sinto exatamente tudo aquilo pelo que você pede, mas a imaturidade sempre impede uma declaração mais aberta. O contato direto com você me faz  querer ser maior e abraçá-la é como cair no vácuo. Se amar é redundar, então redundo. Amo-a com todas as minhas forças e sou capaz do inimaginável para não permitir que isso se extingua ou diminua de intensidade.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

The unknown distance to the gray beyond
Stares back at my grieving frame
To cast my shadow by the holy sun
My spirit moans, with a sacred pain

And all that stands between the soul's release
This temporary flesh and bone
And know that it's over now
I feel my fading mind begin to roam
Every time you fall, and every time you try
Every foolish dream, and every compromise
Every word you spoke, and everything you said
Everything you left me, rambles in my head

And there's nothing I can say
There's nothing I can do now
And there's nothing I can say
There's nothing I can do now

Up above the world, so high

Everything you loved, and every time you try
Everybody's watching, and everybody cry
Stay, don't leave me, the stars can wait for your sign, don't signal now

Goodnight, travel well

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Possibilidades

Às vezes eu paro pra pensar em todas aquelas coisas ridículas de quem se acha muito adulta e madura. Se pudesse te ter de volta, corrigiria tudo aquilo. Nunca mais ficaria brava com você por todas as suas escolhas erradas nos meus sonhos. Te diria todas as coisas que me apertavam o peito e faziam minha garganta arder e você não precisaria caçar um texto meu na internet pra entender que eu fiquei magoada quando você dormiu até oito da noite. Não deixaria você passar pela porta naquele dia depois de tantos tapas na cara (talvez tivesse retribuído com um soco nesse seu nariz tão bonito, pra então quem sabe a gente ter um motivo real pra brigar), você também perderia a prova - e em meio à neura de bombar a porra da matéria de novo, daríamos um jeito de fazer as pazes (entre choros e beijos e abraços e suor e pele) que acabaria com a enxaqueca e a vergonha de mostrar as caras pro mundo que me acompanharam por uma semana.

Não sentiria ciúmes da sua prima-de-não-sei-que-grau que você pegou em alguma férias no Nordeste porque era moleque-safado-e-cheio-de-hormônios e ela uma piranha. Aliás, não brigaria mais por piranha nenhuma, porque mesmo sendo monga eu sempre soube que você gostava de eu gostar daquele tipo de coisa e era isso que mantinha meu sorriso abobalhado pela manhã - você não iria a lugar algum. E ao invés de virar a cara e fazer birra, diria que ver você ir embora todos os dias por qualquer coisa babaca como futebol ou o medo de te "expulsarem da república porque eu não passo tempo com eles" me matava e fazia me sentir dessas que não merecem nem uma despedida decente além de um "abre lá pra mim", imagina então dormir de conchinha depois de tudo o que você quisesse. Lembra daquelas vagabundas de quem você vivia rindo porque se sujeitavam a esse papel com os caras da FEG? Até elas mereciam carona pra casa, enquanto você escondia minha chave e me empurrava pra fora do quarto pros outros me verem chorar e parecer louca enquanto volto pra casa de madrugada na chuva, bêbada e sozinha. Mas tudo bem, nada disso aconteceria porque eu não ia brigar por nem lembro mais que motivo.

Não iria neurótica fuçar seu histórico de conversas com aquele cara que você dizia ser um babaca e descobrir sua paixonite que nunca me foi secreta por aquelas duas meninas da sua sala. Aliás, viraria amiga de uma delas como você queria - se esse ano eu consegui superar toda essa história de ter que odiar ela pra sempre porque ela é uma-gostosa-que-você-queria-foder-e-era-um-bom-motivo-pra-ir-para-as-aulas, por que não superar antes?

Eu te pediria pra ver estrelas deitados na cama com a janela aberta mais vezes, te contaria da agonia gostosa que sentia no carinho na dobrinha do braço e te diria que tudo bem não conseguir ver explosões cósmicas e anjos tocando harpas todas as vezes, porque o que eu tinha já era excepcionalmente perfeito: todo o romance e as propostas silenciosas e olhares constrangedores e o jeito de perceber um ao outro que mostravam que você me completava e vice-versa. Depois de entender o quanto eu precisava crescer, acho que mudaria basicamente tudo - menos todo o amor que eu sentia e ainda sinto por você.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...


Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...


Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...


Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...


Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...


E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também."

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"Dói. Se me perguntarem o que acontece, só saberei responder isso: dói. Se me perguntarem onde é a dor, ainda assim só responderei: dói. Tudo tem a ver com aquele grito reprimido, aquele sonho escondido, aquele choro nem sempre contido: dói. Aquela vontade de cortar a garganta para não poder gritar. Aquela vontade de arrancar os olhos só pra não poder ver. Aquela vontade de esmagar o coração só para não poder sentir. Mesmo com todas essas coisas incapacitadas ainda assim doeria. Porque não está na garganta, nos olhos, no coração. Está em toda parte, é como um câncer, e não tem quimioterapia, não tem remédio, não tem nada que consiga remediar a dor da perda. Como é triste lembrar do bonito que algo ou alguém foram quando esse bonito começa a se deteriorar irremediavelmente. Pequena dor. Grande chaga. Puro simulacro."

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dois de Abril de 2007

Achei guardadinho, sou muito fofa:

"Suas sobrancelhas grossas contrastam com seus olhos pequenos, dando-lhe um aspecto adulto. Seu olhar é penetrante, como se tentasse de todas as formas decifrar os mais complexos enigmas do mundo. Por várias vezes sua boca se desenha em um largo sorriso, que lhe deixa à mostra toda a sua doçura e simplicidade.
Seu toque macio tem a capacidade de acalmar e confortar nos momentos difíceis. Seus cabelos bagunçados procuram harmonia com o rosto, ao mesmo tempo em que lhe permitem um ar mais jovial e despojado.
Conta apenas com 15 anos mas já exibe uma certa aparência adulta. Pequenos pontos na face mostram uma barba espessa e seus 1,83 metros intimidam qualquer pessoa, mas ao mesmo tempo o permitem dar um abraço capaz de fazer-nos encontrar uma forma de desafiar o mundo. Sua voz nos faz bem quando algo dá errado e com ele tudo é mais seguro."


Victor (www.antologianiilista.blogspot.com) aos meus olhos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Já não é infelicidade, é uma sensação de sentimento nulo. É um vazio intenso - é um nada que sabe de tudo."

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Confissões

Tenho sentido muita falta de andar no meio da rua e de repente reparar como você é lindo e o quanto eu te amo, então ter uma vontade absurda de parar e dar um abraço e um beijo e quem sabe ficar assim pelo resto da vida.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

“Eu lembro direitinho de olhar as outras crianças -e eu sempre lembro delas descalças e comendo cachorros quentes e dormindo suadas- e pensar: elas não têm medo da bobeira porque são bobas. Não entendem como é louco isso tudo aqui. Caramba, pense bem. É bem louco, não é? E pronto. Eu começava a tremer e queria vomitar e tinha certeza que não saberia viver. Eu nunca saberia viver. Nunca.
Nada. É isso. Um dia, você descobre e está salvo. Nada. Viver é só esse mistério mesmo. Não tente respirar mais rápido que o mistério pra tentar chegar antes dele. Respire passos pra trás da vida e isso é só o que dá pra fazer. Ela ganha e ponto final.
Com calma, você repara. E não é ruim. Com calma, não se vê lá fora o assustador borrado da velocidade. Se vê como é. E não é tão feio. E até o feio, tem seu valor. É só isso. A vida. Com calma.”

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Manias

"São tantas as coisas que eu queria te falar e contar. E eu sigo fantasiando que você entende tudo e melhor que todo mundo. E isso acaba comigo mas, ao mesmo tempo, me tira um pouco da chatice burra e apática de sempre. E então, me vem a ideia de realmente te contar as coisas. E por isso escrevo."
"Me sinto esfolada viva pelo mundo. Me sinto enganada por anjos. Me sinto inteira uma enganação. Respiro mentiras. Visto desculpas. Ajo disfarces.(...)Justo você que eu escolhi pra fugir comigo das feiúras do mundo. Porque você me emprestava a mão dormindo e pedia colo vendo tv.(...)E você me perguntava o tempo todo se eu percebia como era legal a gente.(...)E eu me senti idiota e louca e chata e isso foi muito cruel ainda que seja tão normal. Normal não me serve não encaixa não acalma.
E eu quis me fazer cortes. Porque viver é difícil demais. E todo mundo me olhando, rindo, fazendo suas coisas. E daqui a pouco eu rindo e fazendo minhas coisas. E no fundo, abafado, dolorido, retraído, medicado, maduro, podre: onde está o amor? Onde ele vai parar? Onde ele deixou de nascer? Onde ele morreu sem ser? Por que eu sigo fazendo de conta que é isso."
Só chamar seu nome baixinho em meio a um soluço e outro. Quanto maior o número de pessoas com quem convivo, mais sinto sua falta. E volto a querer dizer seu nome em voz baixa, talvez gritar - qualquer coisa que me dê a chance de um dia ouvir sua resposta de volta. 
Ter que ser forte é o que me mata. Engolir a ardência na garganta cada vez que alguém te lembra, ignorar as lágrimas na frente dos outros ou sair da aula pra chorar escondido no banheiro. Só queria você aqui, na minha cama, me ninando e eu podendo lamentar no teu colo tudo o que eu ainda tenho que sofrer por você ter ido embora assim.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

And if you go
I wanna go with you
And if you die
I wanna die with you

Take your hand
And walk away

The most loneliest day of my life

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Then someone tells me how good I look
and for a moment
For a moment I am happy
But when I'm alone
No one hears me cry

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ter que ser metade do um só que a gente era me transformou em um décimo - talvez menos - do que eu já fui um dia.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"Eu tenho sono e já não posso mais dormir. Eu tenho ânsia, não consigo mais comer. Eu tenho medo e já não quero mais.
Meus pés perderam a função básica de equilibrar meu corpo na minha existência. Não diria que a culpa é física porque fui em quem sobrecarreguei minha mente e me tornei incapaz de responder sobriamente por um "tudo bem?". Isso pesa. É pesado saber que não está nada bem.
Eu percebo no espelho que meu sorriso não chega aos olhos. Eu posso enganar a todos, posso até me enganar. Mas é de noite que eu me revelo como sou: sozinha."

sábado, 2 de julho de 2011

Eu, em música

2am, where do I begin
Crying off my face again
The silent sound of loneliness
Wants to follow me to bed

I'm the ghost of a girl
That I want to be most
I'm the shell of a girl
That I used to know well

Too afraid, to go inside
For the pain of one more loveless night
For the loneliness will stay with me
And hold me till I fall asleep

Broken pieces of
A barely breathing story
Where there once was love
Now there's only me
And the lonely...

quarta-feira, 15 de junho de 2011


Coração chora baixinho
Sei que amanhã quando acordar
Longe sem o seu carinho
Vou me lembrar de você
A cada dia que passar
Sem ter você comigo
Qualquer estrela que brilhar 
Trazendo seu sorriso
Vou me lembrar de você 
Da alegria de toda manhã
Do bom dia gosto de maçã
Noite fria cobertor de lã
Saudade não tem fim
Não demore espere por mim 

terça-feira, 14 de junho de 2011

"Diante de mim, o silêncio e a não explicação. No pensamento, sonhos que eu não admitia mortos também. Atrás de mim, uma despedida que não foi. (...) Eu me lembro da dor de pensar que nunca mais haveria resposta. Lembro de um desespero e de voltar atrás na tentativa de não acreditar. Para que não me faltasse o ar. Lembro de um turbilhão de pensamentos rápidos envoltos por um mundo parado. Como se eu não respirasse, embora eu respirasse. Como se o meu coração também tivesse parado de repente. Como se permanecesse não batendo por instantes, minutos, horas. Eu me lembro de imaginar a suavidade violenta que deve ter sido aquele segundo entre o estar e o não estar mais. Eu me lembro de um silêncio agudo que ainda insistia. E de não saber para onde olhar. Lembro de uma dor ao olhar em determinada direção. E de ainda conferir, como se a qualquer momento a vida pudesse mudar de idéia, como se alguém estivesse prestes a desfazer aquela brincadeira de mau gosto. Eu me lembro de não entender. E de ter a certeza de que ele não estava mais ali."

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os outros

O que mais ouço é que um dia, uma hora, tudo o que eu sinto vai passar. Como se a saudade e o amor fossem doenças feias, daquelas que deixam feridas purulentas e impedem que os outros se aproximem.
Sempre tem alguém dizendo que me entende, mas isso é impossível. Porque as pessoas sentem de jeitos diferentes. Ninguém é capaz de perceber a intesidade e necessidade do meu amor, do que ele significava pra mim. Nem eu consigo entender toda a minha urgência em amar e estar por perto. E, tenho certeza, nem ele sabia.

"A vida exagerou na dose"


 "Algumas coisas aconteceram tão tarde, outras, tão cedo. Ou muito de tudo ao mesmo tempo. "

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sopros de vento

“(…) Sempre vai existir uma ou outra apostando se a nossa vida juntos seria ou não para sempre. Como se falar de um amor fosse proibido porque ele não foi para sempre. (…)Pois eu digo com certeza: não seria para sempre. Porque não foi.

(…)A nossa história, só nós dois sabíamos. Mas, porque escrevi, agora milhares de pessoas sabem também. E como isso dói para tantas outras. Talvez pela verdade e força contida no que escrevi. Minha história com ele teve idas e vindas. Espectadores vorazes adoram as idas, mas ignoram as vindas. E foi depois de uma volta alegre e em paz que a história teve fim. Um fim desenhado pela firme e suave mão do Autor, e não por seus personagens.”

Do excelente “Para Francisco”

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dia 92

Voltei a cozinhar. Achei que era uma coisa a ser comemorada, talvez signifique eu estou melhorando. Três meses completados hoje, dói mais do o primeiro dia.

quarta-feira, 4 de maio de 2011


I was made to believe I'd never love somebody else
I made a plan, stayed the man who can only love himself
Lonely was the song I sang
'Til the day you came
Showing me a another way and all that my love can bring

segunda-feira, 2 de maio de 2011

É impossivel não ficar me perguntando se foi me culpa, por ter dito que vinha embora

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Queria ter te dito que te amava todas as vezes que eu fiquei quieta pra você não achar - ou ter certeza - que eu era louca por você. Sinto muita falta do seu cheiro, do seu abraço, e de como eu me sentia segura só de olhar pra você e ver que você olhava de volta.
Queria você aqui, estudando comigo, se formando comigo, fazendo tudo o que a gente planejava quando finalmente fôssemos ricos.
A cada dia que passa me sinto mais sem rumo. Me disseram que com os anos vai diminuir, mas eu sei que não. Aliás, não quero que os anos passem.Não pra mim. Te amo demais, te quero do meu lado logo!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

“Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como ele. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de perde-lo. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria.”
“Apenas já não somos mais crianças e desaprendemos a cantar. As cartas continuam queimando. Eu tentei pensar em Deus. Mas Deus morreu faz muito tempo. Talvez se tenha ido junto com o sol, com o calor. Pensei que talvez o sol, o calor e Deus pudessem voltar de repente, no momento exato em que a última chama se desfizer e alguém esboçar o primeiro gesto. Mas eles não voltarão. Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem mais."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Hoje, por alguns segundinhos, de repente, senti uma felicidade incomum. Depois de tanto tempo, nem lembrava mais como era. E então senti que posso continuar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

“O gosto de lágrimas chegava nas madrugadas, quando conseguia me arrastar da sala para o quarto e me jogava na cama grande, sem Ana, cujos lençóis não troquei durante muito tempo porque ainda guardavam o cheiro dela, e então me batia e gemia arranhando as paredes com as unhas, abraçava os travesseiros como se fossem o corpo dela, e chorava e chorava e chorava até dormir sonos de pedra sem sonhos.”

segunda-feira, 11 de abril de 2011

 "Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas as tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."

terça-feira, 5 de abril de 2011

Eu me lembro de você me dizendo que eu era boa demais por ajudar todo mundo, mesmo se eu não gostar da pessoa. E, na verdade, é isso me da um pouco de força, porque eu sei que fiz tudo o que eu pude (e minha mãe também) pra que você continuasse comigo, apesar de isso não estar ao nosso ao alcance. Eu nunca me importei de me doar pelo outros, mas às vezes algumas pessoas exigem demais de mim. Talvez eu mesma me pressione demais.
Alguns dias são muito difíceis para eu querer continuar e eu acho que ninguém consegue entender isso. Eu sei que vou ficar aqui no escuro com meu buraco latejando, mas dessa vez não tem você para fazer parar de doer.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Não importa o que eu faça ou pra onde eu vá, sempre vai doer. Às vezes um pouquinho menos, outras um pouquinho mais, mas sempre aqui dentro incomodando. Tudo o que eu posso fazer é aceitar. Não importa o que aconteça, a minha dor é irremediável, mas não posso me culpar por querer tentar fazer as outras pessoas que eu amo um pouquinho mais felizes. Não é tentar voltar à minha vida normal, porque ela nunca mais vai ser normal. Nunca.

terça-feira, 22 de março de 2011



O tempo todo me dizem que a vida vai melhorar, que a dor vai passar, mas eu sei que não vai. Preferia que não me dissessem nada. Nunca foi vida quando eu estava longe de você, imagina agora. Queria um abraço e você me perguntando se eu estou feliz, como medo de ser culpa sua toda a minha insegurança e crises. Nunca foi e você sempre soube o quanto meu dia melhorava só por te ter por perto. Tenho saudade de te acordar com beijinhos e receber em troca um pedido de casamento. Eu penso em você o dia todo e quando vou dormir seu cheiro fica sempre ao meu lado. To esperando você vir me buscar, vê se não demora. Te amo muito.
"Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho.
Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca

segunda-feira, 21 de março de 2011

Se você sempre foi o auto suficiente, por que eu fui a escolhida pra ficar aqui sozinha?